CNC estima queda de 4,9% para o setor de serviços em 2016
Em novembro de 2016, o volume de receitas do setor de serviços cresceu 0,1%, na comparação com o mês imediatamente anterior, interrompendo uma sequência de três quedas mensais consecutivas da série com ajustes sazonais. O dado é da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje pelo (12) IBGE.
Apesar do resultado positivo, uma recuperação mais sólida do ritmo de atividade econômica no setor terciário ainda se encontra relativamente distante, uma vez que, na comparação com o mesmo mês do ano passado, houve retração de 4,6%, a vigésima seguida. “As perdas reais de receitas seguem assolando os cinco grupamentos de atividades da PMS desde abril de 2016”, aponta Fabio Bentes, economista da Confederação. Sendo assim, segundo o economista, quando da divulgação dos resultados de dezembro, o setor de serviços terá confirmado 2016 como o ano de pior desempenho em volume de receitas desde o início da PMS. A previsão da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) é que o setor feche o ano de 2016 com perda de 4,9% em volume de receitas. De 2012 a 2015, a receita real do setor variou +4,3%, +4,1% e 2,5%, -3,6%, respectivamente.
Por outro lado, na avaliação da entidade, a evolução da confiança dos empresários do setor, a aceleração no corte de juros aos consumidores e empresários e o fechamento menos intenso de vagas no mercado de trabalho, inclusive no setor de serviços, deverão fazer de 2017 um ano mais favorável para o segmento. O setor de serviços é o maior empregador do País, respondendo por 43% da atual força formal de trabalho.