Como calcular o investimento em franquias e captar resultados positivos

De acordo com a Associação Brasileira de Franchising, no primeiro semestre de 2017, o setor de franchising faturou aproximadamente R$ 74 bilhões, registrando um crescimento de 8% em comparação ao mesmo período de 2016. Com isso, em um cenário mais otimista, o mercado de franquias se tornou ainda mais atrativo, com expectativa de avanço de 7% a 9% em seu faturamento.

Para a sócia-diretora da Blue Numbers, consultoria especializada em PMEs, Camila Pacheco, este é um bom sinal para quem pretende investir em franquias , além de ser um indicador de recuperação econômica. “Com inflação sob controle, juros em queda e expectativa de retomada do crédito, alguns setores já começam a apresentar números mais interessantes e olham para o segundo semestre com possibilidades reais de fechar o ano com números mais animadores do que no ano passado”.

Entretanto, ela também ressalta que mesmo com o otimismo em relação a economia, o empreendedor interessado no mercado de franchising deve permanecer atento a alguns fatores antes de aplicar seu dinheiro em um negócio. Confira algumas dicas listadas por Camila para investir com cautela e captar bons resultados:

Taxa de franquia

Primeiramente, busque avaliar o custo de entrada no negócio. Tenha em mente que essa taxa de franquia justifica o uso da marca, a capacitação e o suporte que você deve receber da franqueadora. Desse modo, analise se o investimento te proporcionará os recursos necessários para que possa desenvolver o seu trabalho de forma adequada.

Custo de estrutura

Para construir o seu negócio, é necessário que todo o investimento seja calculado. É importante saber que esse valor pode variar muito de acordo com o modelo da operação, e que por isso, é preciso atenção.

Um erro comum cometido nesta etapa é priorizar somente coisas como equipamentos, reformas e mobiliário e acabar se esquecendo de pequenos detalhes que fazem toda a diferença, como internet, aparelho de telefone, TV por assinatura, entre outros.

Assim, é fundamentar estar preparado para possíveis imprevistos, como um vazamento. Preste atenção nessas variáveis e se programe para manter o investimento seguro, evitando sustos e o endividamentos.

Ponto comercial

Pontos comerciais representam um investimento alto e de grande importância para a franquia. Por isso, é essencial efetuar a melhor negociação possível, além de considerar os meses de obra e implantação. Se possível, tente negociar uma carência para ganhar fôlego financeiro, programando o fluxo de caixa que o permita garantir no mínimo, seis meses de aluguel.

Custos variáveis

Como toda empresa, haverá custos como o de energia elétrica, gás, telefone, gasolina, entre outros. Com isso, desenvolva uma estimativa desses gastos com uma margem de segurança até que possua o histórico suficiente para o orçamento viável.

Nesses momentos, a ajuda da franqueadora é muito bem vinda, uma vez que tem as referências de unidades com características semelhantes a sua.

Custos fixos

Tenha na ponta do lápis no que pretende aplicar dinheiro para montar sua equipe e começar a operar. Busque anotar os custos, como transporte com deslocamentos, para visitas a franqueadora e realização de treinamentos, por exemplo.

Segundo Camila, o mercado está favorável para o empreendedorismo, porém, o profissional deve fazer parte dele. Para a consultora, o empresário precisa avaliar todos esses pontos, que consequentemente farão parte de sua rotina.

“Todos os custos devem ser lembrados. O ideal é que se tenha capital de giro com reservas para os custos totais da operação para, pelo menos, seis meses. Tempo suficiente para seu negócio ganhar fôlego e alavancar”, conclui acerca do investimento em franquias.

Fonte: Economia – iG @ http://economia.ig.com.br/2017-10-17/investimento-em-franquias.html